O atual provedor da Santa Casa Misericórdia de Lisboa admitiu que a decisão ainda não está formalizada e deverá ser comunicada na próxima reunião de câmara, sendo que a intenção é suspender as funções de vereador na autarquia por um período máximo de 90 dias..A "manifesta falta de tempo" foi uma das razões apontadas por Santana Lopes, que admitiu ser "muito difícil" acumular o cargo de vereador da oposição com as funções de provedor da Santa Casa..Outra das razões, acrescentou, é o período de eleições autárquicas que se avizinha e por já ter sido anunciado o candidato do PSD/CDS-PP à Câmara de Lisboa, Fernando Seara.."Eu, que fui candidato em 2009, sei que quando há um novo candidato, quem decide e coordena a generalidade das posições é a pessoa que detém essa responsabilidade e eu quis que fizessem isso comigo (...), portanto também quero dar espaço a quem vem de novo", sustentou..Pedro Santana Lopes falava aos jornalistas à margem da apresentação de um projeto sobre a Obra Completa do Padre António Vieira, uma coleção de 30 volumes dispersa por todo o mundo que vai ser editada com o patrocínio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa..O atual provedor, que foi ainda questionado sobre a polémica em torno da limitação de mandatos autárquicos, esclareceu que, "de certeza absoluta, a lei foi feita para proibir mais de três mandatos" na mesma autarquia.."Eu participei em projetos vários para elaboração dessa lei e tenho a certeza absoluta, como todos os que participaram comigo, que a lei foi feita para proibir mais do que três mandatos na câmara em questão", afirmou, reconhecendo, contudo, que a lei em vigor "tem uma redação equívoca".